segunda-feira, 28 de março de 2011

SENIORES - FINAL FOUR TAÇA AFC

Na análise desta Final Four da Taça AFC, onde assisti a todos os jogos, vou começar a minha análise pelo fim de semana anterior. E o que se passou nessa data foi que ao discordar da escolha da AFC para o local deste evento já que, entre outras coisas menos significativas, o piso do pavilhão não tinha as condições mínimas desejáveis para o que se pretende ser uma festa do Futsal distrital, as equipas, através dos seus treinadores, passaram das críticas nos blogs e do mal dizer puro e tomaram uma iniciativa conjunta, de modo a fazer ver a quem de direito que deveria ser alterado o local. Felizmente o pedido foi atendido e por isso estamos de parabéns, e sobretudo quem tomou esta iniciativa de juntar-nos a todos por esta causa. Vamos agora ao que se passou na quadra. A minha equipa sabia que ia defrontar uma equipa forte, líder da Divisão de Honra, moralizada por isso. Estudámos o adversário conforme nos foi possível observando os seus pontos mais fortes e os menos fortes. A gestão dos ritmos de jogo era mais forte, tinham jogadores desequilibrantes no seu processo ofensivo e saiam muito bem nas transições rápidas. Contudo, sinceramente, achámos que poderíamos vencer, sendo que necessitaríamos de fazer um bom jogo. Entrámos bem e na primeira metade da primeira parte fomos melhores e poderíamos ter-nos adiantado no marcador. Não o fizemos e sofremos o 1-0 aos 11'53'', numa grande desatenção defensiva - deixámos um jogador sozinho na nossa área e demos demasiado espaço ao portador da bola para poder colocá-la onde bem entendesse. Este golo afectou-nos e sofremos o 2-0 aos 15'18'' numa transição rápida. Na segunda parte tentámos subir as linhas mas não estávamos num dia muito feliz e sofremos o terceiro golo num lance algo infeliz para nós, depois de termos aguentado uma situação de inferioridade numérica por 2 minutos por expulsão do nosso capitão, depois de protestos pela forma de festejo de um adversário, para o qual pediu cartão. O cartão saiu mas para o nosso atleta... Ainda reduzimos depois dum erro individual dum adversário mas logo depois voltámos a sofrer o 4-1. Arriscámos o 5x4 e não estando mal, não conseguimos muitas situações de golo e apenas reduzimos para 4-2. A Prodeco foi uma justa vencedora, mais eficaz, mais segura e que errou menos e aproveitou melhor os erros contrários. Na outra meia final o Quiaios fez valer a sua experiência e passou também à final. Chegou ao 2-0 antes do intervalo, sofreu a cambalhota para 2-3 no início da segunda parte, mas a equipa manteve-se coesa e unida, virando novamente o marcador fechando o jogo em 6-3. Ainda assim a equipa de Miranda deu uma excelente imagem de si e da nossa divisão. A final foi um excelente jogo, sobretudo na segunda parte, onde a incerteza do resultado durou até ao último segundo! A Prodeco adiantou-se no resultado, depois do seu guarda-redes, mais uma vez, lhes garantir o 0-0 em alguma situações. Fez o 2-0, o Quiaios reduziu para 2-1, e a Prodeco respondeu com o 3-1 e o 4-1. Pensava-se que a taça estava entregue mas o Quiaios arriscou com o 5x4 a perto de 7' do fim e a Prodeco tremeu bastante permitindo muitas situações de golo ao Quiaios, sendo certo que teve também duas/três situações de golo. Essa estratégia do Quiaios deu-lhes o empate a 28'' do fim, mas a Prodeco respondeu imediatamente fazendo o 5-4 a 8'' do final. O Quiaios não baixou os braços e ainda enviou uma bola ao poste ao buzinão final. Não se pode dizer que a Prodeco não mereceu a vitória na Taça mas nesta final o Quiaios fez por merecer, no mínimo, o prolongamento. Falta falar sobre as restastes equipas em campo: as de arbitragem. Tiveram o mérito de nenhuma delas, na minha opinião, terem tido interferência no resultado. Vou mais longe até. Foram as três equipas, das sete em prova, que menos erros cometeram. Equipas de arbitragem jovens e que tecnicamente deram, com excepção de alguns erros normais, boa conta de si. A arbitragem da final foi, a meu ver excelente, sobretudo do árbitro principal, que não teve medo de chamar a si a responsabilidade disciplinar quando achou que o seu colega não a ia tomar. Tecnicamente ambos cometeram muito poucos erros. A arbitragem da segunda meia final esteve também a excelente nível técnico, sendo que disciplinarmente o árbitro principal poderia ter sido mais comedido. No nosso jogo, a meu ver foram também a que menos erros cometeu das três equipas em campo. Uma lei da vantagem não concedida e 2/3 faltas por assinalar ou mal assinaladas a ambas as equipas. Duas expulsões. A minha e a do nosso capitão. O nosso capitão com um primeiro amarelo justíssimo por uma falta cometida, e um segundo, também justo, ao abrigo dos regulamentos, por protestar embora sem ser mal educado, e pedir um cartão para um adversário por festejos inapropriados. Festejos estes que na reunião de início de época foi comunicado aos clubes que iriam ser punidos com advertências. Nem um aviso durante o jogo onde houve várias ocorrências dessas. E dois amarelos aos nossos jogadores por protestos. Também nenhum amarelo por retardar o início de jogo e nem sequer um aviso por esse motivo ou o anterior. A minha expulsão foi também justa. O motivo foi porque aquando da expulsão do nosso capitão eu disse: "Vocês são uns anjinhos!". Foi o que disse antes de receber a ordem de expulsão e foi-me dito isso no final pelo árbitro. Justo. O que não acho justo, e disse-o no final ao árbitro principal, que aceitou conversar comigo, foi o modo arrogante como trataram jogadores e a mim, provocando, a meu ver, irritação em nós que a não existir poderia evitar alguns excessos nossos. Ele respondeu que também nós não falámos correctamente com eles. Certo! Mas por isso vimos 3 cartões amarelos e eu fui expulso. Não é necessário serem arrogantes pois têm essas armas (cartões) para castigar esse nosso comportamento que entendam ser incorrecto. E lembro que essa arrogância começou no modo severo como gritou (e não conversou) com um nosso jogador só porque este se sentou numa cadeira ao lado do banco, que estava ainda em frente à zona de substituições, por isso em local legal. Tenho também pena que o segundo árbitro não tenha querido conversar comigo como os seus dois colegas e tenha até aconselhado-os a não me ouvir pois já me estavam a "dar paleio a mais", palavras dele. E tenho pena porque poderia ter ouvido da boca dos seus colegas o reconhecimento de um erro seu. Mas provavelmente à sua frente também não o diriam... Apesar desta arrogância que relato e que a mim provocam alguns sentimentos errados quero dizer que me arrependo muito das atitudes que tive, sobretudo depois do momento da expulsão e até ao momento final do jogo (a conversa no final foi educada de parte a parte, dos que quiseram fazer parte dela). O resultado, juntamente com os acontecimentos anteriores no jogo, podem ser atenuantes mas nunca desculpa para algumas coisas que disse e, reconheço que fiz, ofensas sem cabimento aos jovens árbitros, que têm também o direito a errar, e repito, fizeram-no em menor número que a Prodeco, e sobretudo que nós. E foram os nossos erros que ditaram o resultado e não os deles. Contudo penso que também eles devem pensar na sua prestação e, se tecnicamente devem evoluir, mesmo tendo estado a um nível bastante aceitável, essa evolução deverá ser grande no trato e relacionamento com os outros intervenientes no jogo pois o respeito deverá ser total de parte a parte. Ainda assim a imagem deixada pela arbitragem foi bastante positiva, bem como o futsal das equipas.

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