terça-feira, 2 de junho de 2009

FINAL FOUR

Sobre os jogos da Final Four há pouco a dizer. As crónicas dos jogos no Diário de Coimbra dão a imagem do que se passou.
No primeiro jogo entrámos forte, dominantes, chegando ao 2-0 (Xico e auto-golo) com naturalidade, entrando depois numa fase de grande desperdício que quase nos saía caro, já que na segunda parte o Nogueira do Cravo melhorou e teve o ascendente do jogo. Reduziu para 1-2 numa boa transição rápida e empatou o jogo num bom remate da meia direita. Depois disso valeu-nos o nosso guarda-redes, evitando a cambalhota no resultado e a estrelinha da sorte apareceu quando o Ricardo Pocinho fez o 3-2. O adversário avançou, ainda que timidamente, para o 5x4 mas estivemos seguros e o Rasteiro corou a sua exibição com o 4-2 já no último minuto.

Na final defrontámos aquela que foi a equipa mais forte nesta fase final da temporada. Contudo encarámos o jogo como sempre e assumimos a vontade de vencer. O jogo foi equilibrado e decidido nos detalhes. Começámos com mais oportunidades de golo, sobretudo através do Barroco, mas que não concretizámos. O CRIA também não dava descanso ao Rasteiro e fez o 1-0 num excelente trabalho individual, tendo antes enviado duas bolas aos ferros da nossa baliza. Empatámos antes do intervalo pelo Estica num canto e o empate era justo ao intervalo. Na segunda parte houve menos ocasiões de golo e o 2-1 para o CRIA só surgiu nos últimos 10’, numa transição rápida em que o nosso guarda-redes ainda susteve o primeiro remate mas nada pôde fazer no segundo. Beneficiámos de um livre de 10 metros mas a bola levou a direcção da trave, e ainda tivemos um remate ao poste antes do CRIA acabar com o jogo marcando o 3-1.

Parabéns ao CRIA, que foi um justo vencedor, e este troféu premeia uma ponta final de grande qualidade para uma equipa fortíssima.

Quero agora deixar alguns pontos sobre algumas situações. A primeira é a arbitragem. Tenho como hábito nunca falar dos árbitros nas minhas crónicas. Vou agora abrir uma excepção, mas não esperem que seja para dar desculpas de mau perdedor. Entendo que esta arbitragem da final não foi feliz, houve erros para ambas as partes, alguns deles com possível interferência no jogo. Quero contudo salientar que também eu tive erros e tomei más decisões neste jogo, como em outros, e os árbitros erram como qualquer pessoa. Conheço esta dupla destas andanças já há alguns anos, e se erraram, como todos erramos, são Homens para conversar sobre isso e têm até a dignidade de reconhecer que talvez haja razão da parte de quem protesta. É este diálogo, com educação e sem ofensas de parte a parte, que faz falta a alguns, e por isso saúdo estes, bem como outras equipas de arbitragem (felizmente ainda há algumas mais) que permitem estas trocas de ideias!

Outro ponto que vou falar é sobre a dignidade que penso que tivemos quando ganhámos, e durante, o campeonato. Dignidade que mantivemos nesta final quando perdemos. No pavilhão, após o jogo, também todos os elementos do CRIA foram dignos na vitória. Infelizmente o mesmo não aconteceu no seu trajecto de regresso. Entendo as buzinadelas e amostragem da taça pelas ruas de Alfarelos como uma provocação que entendo injustificada e de provocação, e não só o fizeram nas que ficam no seu caminho para as Alhadas, mas fizeram questão de dar uma volta pela vila de Alfarelos. Compreendo que têm razões para festejar a merecida vitória na taça, mas não é esta a melhor maneira de o fazer.

Por fim quero dedicar deixar uma frase de Arrigo Sacchi onde cada vez mais me revejo:

“O futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes da minha vida!”.